quinta-feira, 24 de março de 2016

A BESTEIRA APROFUNDANDO



Enquanto o ex-presidente Lula vai de HERODES à PILATOS nesse tribunal inquisitório e as planilhas da ODEBRECHT revelam uma longa lista de corruptos desde os tempos da Velha República, a gente vai aproveitando a Semana Santa para descansar os rolamentos de juízo, sem contudo esquecer o dote poético que Deus nos deu. O cartunista William Jeovah, da Paraíba, em charge inspiradíssima, disse que a Operação Lava-Jato chegará sem demora em D. João VI e dona Carlota Joaquina. Respondi-lhe em versos o seguinte:

REFLEXÕES DA QUINTA-FEIRA SANTA

Dom João não tinha queixo
E a Carlota era queixuda
Ele um devoto de Cristo
Ela devota do Buda
Também vão pagar o pato
Pois depois da Lava-Jato
Vão morar lá na PAPUDA.

Caro leitor, não se iluda,
Pois o buraco é profundo
Pedro Álvares Cabral
Velho chato e iracundo
Ao descobrir este chão
Disse à tripulação:
- Chegamos ao CU DO MUNDO!

E isso não foi mais fundo
Porque a devassa é pouca
Velhos tribunos de Roma
Que agora dormem de touca
Na delação premiada
Vão por na lista citada
DONA MARIA, A LOUCA.

A minha avó, que é mouca,
Me disse: - BESTA TU ÉS...
Do jeito que a coisa vai
Passando a mão pelos PÉS
Na ânsia de investigar
Essa porra vai chegar
No trono de RAMSÉS

Sem inverter os papéis
No meio da confusão
Eu disse: - Vovó querida
Essa investigação
Que mergulhou pela treva
Acaba pegando a EVA
E os ZOVOS DO VELHO ADÃO.



LAVA JATO X LAVA PÉS

Cansado de ser roubado
Explorado e extorquido
Tratado como um bandido
Sem jamais ter traficado
Ser um cidadão honrado
No meio desse revés
Sem andar em cabarés
Sendo um devoto, de fato
Eu cansei da LAVA-JATO

E espero o LAVA-PÉS.

sexta-feira, 18 de março de 2016

EM SOUSA, PB



 

Estou retornando da cidade de Sousa, Paraíba, onde fiz um recital no Centro Cultural Banco do Nordeste intitulado “A Peleja de Zé Limeira com Zé Ramalho da Paraíba e Outras Histórias da Poesia Popular”, na Biblioteca do CCBNB. Agradeço a excelente acolhida do público e da equipe de profissionais que me recepcionou. 


AS AVENTURAS DO CANTOR DA BORBOREMA
 NO ABRIL DAS LETRAS

Breve voltaremos à Sousa a fim de realizar uma palestra sobre João Melchíades Ferreira da Silva, ex-combatente da Guerra de Canudos, possivelmente o primeiro poeta popular a escrever e publicar um folheto sobre Antônio Conselheiro e seus seguidores. Dentre o material pesquisado para essa palestra, estão alguns folhetos raríssimos de Melchíades localizados na Biblioteca da USP, no acervo que ficou conhecido como 'Fundos Villa-Lobos'. São eles: 'Os homens da Cordilheira' que fala de velhas figuras do Brejo Paraibano e da Serra da Borborema; e 'Melchíades escreve a Cícero Galvão sobre a açudagem no Seridó'. Esse Cícero Galvão, militar reformado, era bibliotecário da Biblioteca Nacional. De antemão registramos os nossos agradecimentos à dra. Elisabete Marin Ribas e a Lucas Pugliesi, da USP, pela gentileza de localizar e fotografar esses documentos.

No folheto 'Os homens da Cordilheira' Melchíades informa que era neto do Beato Antônio Simão, um seguidor do Padre Ibiapina, que curiosamente vestia-se como Antônio Conselheiro e tinha um modo de vida parecido. O neto, sargento do Exército Brasileiro, combateu em Canudos ao lado das tropas do Governo. O CCBNB vai homenagear, no ABRIL DAS LETRAS, Euclides da Cunha e revelar também outras visões sobre este importante acontecimento de nossa história. Vejamos algumas estrofes extraídas das páginas 19-20:

Tu vês aquela capela
Do Olho D’água de Fora
Bem na testa da montanha
Que Manoel da Silva mora? 
Dá uma história bonita
Que hás de saber agora.

Ali morava um beato
De nome Antônio Simão
Que vivia em penitência
Igual a um ermitão
Porque Padre Ibiapina
Deu-lhe esta obrigação.

Era proibido falar
No dia de sexta-feira,
Jejuava quarta e sexta,
Depois a quaresma inteira
Ensinava a doutrina
Ao povo da Cordilheira.

Trajava um manto azul
Camisola de algodão
E não usava chapéu
Só vivia de oração,
Às quatro da madrugada

Já estava em devoção.
(...)

(In Os homens da Cordilheira - FVL, 12.)


UM MONUMENTO HISTÓRICO

Igreja do Rosário dos Pretos - Sousa, PB

Igreja do Rosário. Em seu frontispício está afixada uma placa, meio desbotada, onde se lê o seguinte:
No dia 3 de outubro de 1924 pernoitou nesta cidade (Sousa-PB) Frei Joaquim do Amor Divino CANECA que, preso pelas ideias liberais que professava, registrou em seu diário a existência dessa igreja (Igreja do Rosário dos Pretos) e desta praça. (Memória da Fundação Cultural do Estado da Paraíba).

quarta-feira, 16 de março de 2016

CORDEL NA PARAÍBA

Ilustração: Klévisson Viana


Amanhã, dia 17 de março, o poeta ARIEVALDO VIANNA se apresentará no Centro Cultural BNB da cidade paraibana de Sousa, a partir das 19h00, com o recital "A Peleja de Zé Limeira com Zé Ramalho da Paraíba e outros poemas. Além de cordéis de sua própria autoria, Arievaldo irá declamar criações de Zé da Luz, Patativa do Assaré, Leandro Gomes de Barros, Luiz Campos e Alberto Porfírio.

segunda-feira, 14 de março de 2016

PEGUE O POMBO!




DESABAFO DE FIM DE TARDE

Eu saí com destino à bodega da esquina, a fim de comprar meia dúzia de pães carioquinhas para o cafezinho da tarde, quando deparei com um ancião - um velhinho aposentado que tem fama de doido - visivelmente perturbado, de bengala em punho e veias do pescoço a latejar, gritando e reverberando aos quatro ventos:
" – PRENDAM O LULA!!! Prendam o Lula, a Dilma, o Cunha, o Aécio, o FHC, o Bolsonaro, o Delcídio, o Sarney, o finado Pedro Álvares Cabral, o velho Thomé de Sousa, Governador da Bahia, o Mem de Sá, Tiradentes, Dona Maria, a Louca, D. João VI, D. Pedro I, D. Pedro II, Prudente de Morais, Antônio Conselheiro, Getúlio Vargas, Juscelino Kubtischek, João Goulart, meu conterrâneo Castelo Branco, Garrastazu, Dutra, Café Filho, Carlos Lacerda, Plínio Salgado, Luís Carlos Prestes, Tibiriçá, Anhanguera, Padre Anchieta, Padre Cícero, Frei Galvão, Irmã Dulce, o Tarcísio Matos, o Falcão, o Fagner e o Ednardo (Belchior já selou o tejo e pisou na folha), os Tarcísios Sardinha e o Garcia, o Rosemberg Cariry, o professor Gilmar de Carvalho, a Dina Vaqueira, Tonico Marreiro, Carneiro Portela, o Macaúba, a Rachel de Queiróz, o Delmiro Gouveia, Lampião, Fernando da Gata, o pistoleiro Mainha, João Grilo, Cancão de Fogo, Pedro Malazartes, Guimarães Rosa, 'seu' Guimarães do Café, o Guimarães da Cueca, o Cão do Segundo Livro... Mas deixem o meu PAÍS em PAZ. O Brasil precisa trabalhar e o povo precisa viver. Um cidadão de bem, apartidário, trabalhador, livre pensador precisa de sossego para criar a sua família livre dessa onda de terror. Vão procurar uma lavagem de roupa noutro riacho. Ô desassossego da gota serena! Vôtes!!! Figa!!! Desconjuro com tanta perturbação nos rolamentos do juízo."
Meio assustado, me benzi e disse: - Amém! Prendam até a Mãe do Calor de Figo, mas me deixem fora dessa zorra. Eu e os meus “cumedôzim” de rapadura!




Saí com as palavras do Papa Francisco I martelando no juízo: “A concentração monopolista dos meios de comunicação é um COLONIALISMO IDEOLÓGICO”. Não muito longe dali, um jovem playboy escutava um “buco-buco” de Sua Majestade Wesley Safadão e comentava com os brothers: “- O Lião ganhou de 2 X 1 do Vozão, de virada, mermão!”
Peguei meu saquinho de pão e saí dali pensando com meus botões... Bem que eu podia ter ficado em jejum no recesso do meu lar... É que me veio à mente a fala daquele personagem de um conto do mestre Moreira Campos:
- Eu não tenho paciência de ser preso!


Caucaia, 14 de março de 2016 – o ano que não começou!

quinta-feira, 10 de março de 2016

NOVA PESQUISA

A SAGA AVENTUROSA 
DO CANTOR DA BORBOREMA

Desenho de Jô Oliveira

A função do verdadeiro pesquisador é percorrer mares nunca dantes navegados. É garimpar em terrenos desconhecidos, tirar proveito do que já foi colhido sem descuidar-se de acrescentar novidades ao assunto. Aquele roçado onde muitos já colheram e outros encheram seus bornais com a cata alheia não me interessa. Eu preciso trabalhar em capoeiras que ainda não foram colhidas, porque outros a julgavam sem importância, insignificantes ou não sabiam de sua existência. É justamente aí que aparecem as grandes surpresas, as novas descobertas.
O pesquisador José Calazans, ao escrever o estudo “CANUDOS NA LITERATURA DE CORDEL” bebeu em fontes que não haviam sido pesquisadas pelo o autor de ‘Os Sertões’ nem por outros estudiosos da vida de Antônio Conselheiro. Aliás, antes dele Sílvio Romero já havia recolhido no seio da musa popular quadrinhas como estas:

Do céu veio uma luz
Que Jesus Cristo mandou
Sant'Antonio Aparecido
Dos castigos nos livrou.

Quem ouvir e não aprender
Quem souber e não ensinar
No dia do juízo

A sua alma penará”.

Quando escrevi a biografia do poeta Leandro Gomes de Barros esforcei-me para extrair o máximo de material inédito e acrescentar ao que já havia sido pesquisado por Câmara Cascudo, Sebastião Nunes Batista, Ruth Brito Lêmos Terra e outros pesquisadores de escol. Depois do livro publicado muitas novidades vieram à tona, às vezes em terrenos já repisados, mas que não tinham sido vasculhados com a devida atenção.




O pesquisador José Paulo Ribeiro, de Guarabira-PB, sabe bem do que estou falando. Nosso desafio agora é contar a vida de um poeta popular que foi combatente e testemunha ocular da queda de Canudos. Trata-se do paraibano de Bananeiras João Melchíades Ferreira da Silva, o “Cantor da Borborema”, nascido em 1869 e falecido em 1933. Em suma, um poeta, um sertanejo e acima de tudo um forte.  
Num folheto escrito após a guerra e publicado em 1904, após ser reformado como Sargento do Exército Brasileiro, Melchíades publicou versos como estes descrevendo a fuga atropelada do General Tamarindo, chefe interino da Terceira Expedição, após a morte do “corta-cabeças” General Moreira César:

“Escapa, escapa, soldado
Quem tiver perna que corra
Quem quiser ficar que fique
Quem quiser morrer que morra,
Há de viver duas vezes
Quem sair desta gangorra.”

Ao revisitar a história e a obra de João Melchíades desaguaremos, inevitavelmente, na história de outros poetas que foram seus discípulos ou contemporâneos, como Antônio Ferreira da Cruz, José Camelo de Melo Rezende, Joaquim Batista de Sena e Manoel Camilo dos Santos. 
Vem aí, a “Saga Aventurosa do Cantor da Borborema”. Os tijolos e a argamassa já estão encostados, o terreno já foi limpo. Agora é começar a construir. AGUARDEM!



PARA SABER MAIS: 
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/caderno-3/coluna/sound-1.160/materia-1.1215774



terça-feira, 8 de março de 2016

SONETO

(Não damos o crédito da imagem por não sabermos o nome do autor)


DIA INTERNACIONAL

DA MULHER SERTANEJA

Arievaldo Vianna

Dia 8 de março, nessa data,
Comemora-se o dia da mulher
Recomendo a quem se propuser
A cantá-la em verso ou serenata

Que repare no cenário e nesta lata
E na força que nela é um mister,
É um tolo quem não a bendisser
Seja branca, pretinha ou mulata.

Entre espinho, xique-xique e cardeiro
Ela trilha calmamente o seu roteiro
Com a ginga da pureza benfazeja.

Nesse Dia da Mulher o meu soneto,
Nesses versos singelos que cometo,
Louva o brilho dessa joia sertaneja.

domingo, 6 de março de 2016

CRÔNICAS DA INFÂNCIA

MUNDIM LUIZ? NÃO PODE SER!


Eu devia ter uns cinco anos quando apareceu uma ninhada de gatinhos na casa velha do Ouro Preto, em cima do caixão da farinha. Dois em particular se tornaram meu xodó. Um branquinho de olhos azuis e outro amarelinho, de um amarelo queimado bem vivo e pelos rajados como os gatos mouriscos. Fui mostrar o meu achado à vovó, que costurava tranquilamente no quarto do santuário.
­Olha vovó, a Foguete teve dois gatinhos. Esse aqui é o Mundim Luiz, disse eu, mostrando-lhe o gatinho branco.
Eu disse “teve” porque naquele tempo menino não dizia “pariu”. Era uma palavra feia, proibida para as crianças.
Vovó me olhou por cima dos óculos e retrucou:
Ora, ainda mais esta! Mundim Luiz é nome de gente... Não pode ser!
Realmente Mundinho Luiz era um freguês de meu avô, que vez por outra aparecia para fazer uma compra e tomar uma bicada lá pela bodega. Quando vovó disse aquela frase imaginei que ela estivesse dando um apelido para o outro bichano. Gostei do nome. Imediatamente batizei o segundo gato com o nome de “NÃO PODE SER”.


Todo dia eu subia no caixão da farinha para ver os meus amiguinhos Mundim Luiz e Não-pode-ser ,  que cresciam a olhos vistos, amamentados pela mãe. Um dia, reparando bem na cara do Mundim Luiz, aquela carinha branca de olhos azuis, achei semelhança com meus parentes do Castro. Desci imediatamente com o gatinho nas mãos e fui comentar meu achado com a vovó. Disse com uma vozinha fina, em falsete, como se fosse o próprio gato falando:
Bom dia, vovó. Sabia que eu sou da raça de Soiza? Pois é... Branquinho dos olhos azuis!
Vovó suspendeu o trabalho na máquina de costura e fazendo uma cara bem zangada foi logo dizendo:
Você é besta, menino. Ah bom, basta! Era só o que me faltava... Você vir comparar este “não-sei-que-diga” com a minha raça! Ô lástima. Tire esse gato daqui!
Minha tia Augediva, que presenciara a cena, quase morre de rir da reação de minha avó e o assunto rendeu pano pras mangas pelo resto do dia. E Mundim Luiz, a partir dessa data, passou a se chamar “Não-sei-que-diga”.

(Do "Livro das Crônicas" - Parte III de Memórias)

quinta-feira, 3 de março de 2016

LANÇAMENTO EM BREVE:

GÊNESIS SERTANEJA
I VOLUME DE MEMÓRIAS





Fragmentos das memórias
de um bardo sertanejo

Nos tempos de criança eu morria de curiosidade quando meus avós começavam a contar histórias do passado e falavam de personagens já falecidos ou mesmo de gente ainda viva, mas que eu não conhecia. Veio fase das perguntas, que nem sempre eram respondidas com paciência ou de modo satisfatório. Minha avó paterna, Alzira Vianna de Sousa Lima, era uma exceção. Ela tinha uma certa paciência e explicava o que era possível contar a uma criança, satisfazendo a minha curiosidade infantil. Desde menino eu ouvia falar da Marica Lessa, do Antônio Conselheiro, do Padre Mororó, do velho Damião Carneiro e também de figuras mais chegadas à família como o Miguel do Castro, o Major Cosme da Várzea Grande e a Mãe Sousa.
Havia também os personagens pitorescos que vez por outra surgiam na conversa dos meus tios e avós: o João Quaresma, o Pedro Pia, o Barrocheiro, o Bernaldão o velho José Severo Barbosa (quando uma criança era exigente e luxenta, diziam logo:  “—Esse menino é ovo do véi Zé Severo”). Se o menino dava para mentir, comparavam logo com o tio Miguel Viana e diziam: — Tá ‘gueguelando’, hein? O verbo ‘gueguelar’, criado por minha avó, estava associado à mentira. E eram tantas as histórias do Castro, da Carnaubinha, da Cacimbinha, da Várzea Grande, da Canafístula, do Campo Grande, da Vila Campos e de outras localidades dos Sertões de Quixeramobim e Canindé que eu ficava horas a fio a escutar a prosa dos mais velhos.

De modo que a pesquisa que deu origem a este livro começou em priscas eras, nas remotas conversas que tive com minha avó Alzira, com com meu tio José Bruno Vianna. Não que, por essa época, eu tivesse a intenção de escrever, mas desde cedo tive a curiosidade de ouvir e reter na memória tudo que se relacionava com a história de nossos antepassados e da nossa região. Atualmente é meu pai, Francisco Evaldo de Sousa Lima quem me ajuda a recompor essa história elucidando fatos e preenchendo lacunas que haviam se apagado da minha memória.

* * *


Este livro, a rigor, não é um livro de GENEALOGIA, porém um livro de história.  Não é a visão de quem esteve no centro da história, ou fazendo história, mas de quem participou discretamente ou a ouviu contar, num ambiente totalmente fora do eixo onde os acontecimentos se desenrolavam.
As vilas de QUIXERAMOBIM, CANINDÉ E SOBRAL, como qualquer outra, tinham os seus figurões, os seus mandantes, os seus caciques. No final do Século XVIII e primeira metade do Século XIX nossos antepassados eram mais atuantes e estiveram à frente de alguns acontecimentos importantes. Depois do fracasso da Confederação do Equador, os SOUZA-MELO, MARTINS-VIANA, SEVERO-BARBOSA preferiram o anonimato. Focaram suas ações na lida do campo, na agricultura e na pecuária, participando discretamente dos acontecimentos ao longo de quase 200 anos de história.
À exceção do PADRE MORORÓ, pelo lado SOUSA MELO e do ex-ministro ARMANDO FALCÃO pelo ramo BARBOSA-SEVERO, ao qual era filiado meu avô MANOEL BARBOSA LIMA, não tenho notícias de grandes voos de parente algum no campo da política.Tem sido sempre uma colaboração discreta, persistente e um olhar atento à história, desde os avós dos meus avós.
No campo da CULTURA, entretanto, a coisa muda de figura. Os LIVROS sempre estiveram presentes nesses lares sertanejos e o homem de letras sempre foi visto com entusiasmo pelos meus antepassados. Um José de Alencar, um Machado de Assis, um Humberto de Campos sempre gozaram de mais prestígio que qualquer figurão da política.  Aprendi com os antigos, sobretudo com a minha avó ALZIRA o respeito e o carinho pelos homens de letras e a devoção pelo universo da Literatura.

Daí que a proposta desse livro, SERTÃO EM DESENCANTO, é contar a saga dessas famílias ao longo dos últimos 300 anos, mesclando-a com acontecimentos históricos dos sertões de Sobral, Quixeramobim e Canindé, permeando-a com citações recorrentes à João Brígido, Barão de Studart, Manuel de Oliveira Paiva, Gustavo Barroso, D. Antônio de Almeida Lustosa, Martins Capistrano, Antônio Bezerra, Rodolfo Teófilo, Rachel de Queiróz e outros expoentes do mundo das letras que se ocuparam dessa região em seus escritos.

AGUARDEM O LANÇAMENTO!


Aos 08 anos eu já era curioso e me interessava
por histórias de família. Certamente já era o embrião
desse livro que lançarei em breve.





quarta-feira, 2 de março de 2016

CORDEL PARA DOWNLOAD

FOLHETOS GRÁTIS PARA BAIXAR...

DOMÍNIO PÚBLICO: Os amantes da Literatura de Cordel podem consultar diversos folhetos, em domínio público, no acervo da Fundação Joaquim Nabuco. Os textos estão digitalizados e podem ser baixados gratuitamente. São folhetos de LEANDRO GOMES DE BARROS, JOÃO MELCHÍADES FERREIRA E CHAGAS BATISTA, pioneiros do cordel nordestino.
Eis o link:
http://digitalizacao.fundaj.gov.br/fundaj2/modules/busca/listar_projeto.php?cod=12&from=35